Aula Magna na FURB: Ética no Mundo Digital e o Compromisso Social da Psicologia

  No dia 25 de agosto, estudantes de Psicologia da Universidade Regional de Blumenau (FURB) participaram de uma experiência transformadora. A Aula Magna “Ética no Mundo Digital: o compromisso social da Psicologia”, conduzida pela psicóloga Adriana Lobo Müller (CRP-12/5144), trouxe reflexões profundas sobre os desafios e responsabilidades da profissão na era digital. O evento foi realizado em dois períodos – matutino e noturno – e contou com grande engajamento do público. Ao final, os feedbacks revelaram a quebra de preconceitos e a abertura para novas formas de compreender a ética e o marketing na Psicologia. Como disseram alguns participantes: “Quando vi que era sobre ética, quase não vim porque achei que seria chato.” “Tinha preconceito com isso de marketing, mas agora entendi sobre a importância.” Essas falas resumem bem o impacto da aula: mostrar que a ética não é um fardo burocrático, mas um guia essencial para uma atuação responsável, relevante e conectada com a sociedade. O conteúdo da Aula Magna Durante a exposição, Adriana abordou pontos centrais como: O compromisso da Psicologia com os Direitos Humanos e o Código de Ética Profissional. A importância de uma postura crítica diante da medicalização e patologização da vida. O desafio de comunicar ciência psicológica nas redes sociais sem perder o rigor técnico e o compromisso social. Como a ética deve guiar a presença digital dos psicólogos, conforme orientações do CFP e CRPs. Mais do que conceitos, a aula trouxe exemplos práticos e diálogos com a realidade acadêmica e profissional, aproximando os estudantes das demandas do mundo digital. Uma nova possibilidade: Imersão PsicoÉtica In Company Essa experiência abriu um novo caminho para a Geração PsicoÉtica: a realização de formações exclusivas dentro das universidades, a chamada Imersão PsicoÉtica In Company. Agora, outras instituições de ensino também podem solicitar nossa participação, seja em semanas acadêmicas ou em eventos pontuais, para oferecer aos seus estudantes um curso adaptado às suas necessidades. Conclusão A Aula Magna na FURB mostrou que falar sobre ética pode – e deve – ser envolvente, atual e inspirador. O entusiasmo dos estudantes confirma que a Psicologia precisa estar cada vez mais conectada ao mundo digital, sem abrir mão de sua essência: o compromisso social. Se você é coordenador de curso ou estudante e gostaria de levar a Imersão PsicoÉtica para sua instituição, entre em contato conosco. Juntos, podemos fortalecer uma Psicologia ética, crítica e inovadora.

Código de Ética da Psicologia: um limitador ou um protetor?

Você já se perguntou se o Código de Ética da Psicologia está aí para te impedir de crescer nas redes ou para te dar base e segurança? Em um mundo digital acelerado, onde a produção de conteúdo é constante, essa pergunta se torna cada vez mais relevante. Especialmente para estudantes e profissionais da psicologia que desejam construir uma presença digital ética, estratégica e autêntica. O Código de Ética como chão e não como tetoMuitas vezes, o Código de Ética é visto como algo que engessa, que impõe limites e trava a criatividade. E se a gente te contasse que ele é, na verdade, o chão firme sobre o qual se constrói uma identidade profissional sólida? Ele não está ali para te calar, mas para te libertar – oferecendo segurança para que sua atuação não só seja eficaz, mas também responsável.Os pilares da identidade digital profissionalConstruir uma presença nas redes sociais como estudante ou psicóloga exige mais do que uma boa câmera ou textos inspiradores. É preciso se apoiar em quatro pilares essenciais, todos compatíveis com a Geração PsicoÉtica:Comunicação: É a habilidade de fazer sua mensagem ser compreendida, com clareza, respeito e técnica. Autenticidade: É o que te diferencia, seu jeito de ser, pensar e se posicionar de forma genuína. Reputação: É o reflexo da sua coerência entre discurso e prática ao longo do tempo. Divulgação: São as estratégias de marketing que aproximam você das pessoas certas, com responsabilidade e propósito. A ética é proteção e posicionamentoQuando a ética é deixada de lado, o que vemos se espalhar nas redes são conteúdos que, muitas vezes, simplificam o sofrimento psíquico, medicalizam a vida cotidiana e banalizam diagnósticos sérios. Isso não só prejudica a imagem da psicologia, mas também contribui com o adoecimento da sociedade.Se comunicar com responsabilidade é um ato político. E o Código de Ética é o que garante que nossas vozes, mesmo na internet, estejam a serviço da promoção da saúde mental.Para quem acha que ele atrapalha…Vale lembrar: não é o Código que limita, é o desconhecimento dele que te paralisa. Ao conhecer e compreender suas diretrizes, você se torna livre para se expressar, criar, divulgar e se posicionar com segurança.O Código de Ética da Psicologia é, sim, um protetor. Ele protege você, protege quem te acompanha, protege a profissão. E mais do que isso: ele te inspira a comunicar com responsabilidade, construir autoridade com autenticidade e divulgar com ética. Esse é o caminho de quem quer ser reconhecida não apenas pelo que fala, mas pelo que representa.

Psicologia e Redes Sociais: como atuar?

Não basta postar, é preciso saber como se posicionar com base na ética da profissão. A presença nas redes sociais tornou-se essencial para profissionais de diversas áreas, inclusive a Psicologia. Essas plataformas oferecem oportunidades de compartilhar conhecimento, ganhar visibilidade e se conectar com o público. No entanto, é crucial que psicólogas e estudantes saibam utilizá-las com ética, responsabilidade e intencionalidade. Por que estar nas redes sociais é importante para quem atua com Psicologia? As redes revolucionaram a forma como nos comunicamos. Para a Psicologia, elas oferecem caminhos para: Educação e conscientização: Combater tabus e promover a saúde mental. Conexão com o público: Aproximar pessoas interessadas em temas psicológicos. Valorização profissional: Fortalecer a autoridade e a imagem do profissional. Segundo o artigo Psicólogos e o Uso das Mídias: Um Relato de Pesquisa (Miguel; Arndt; Pires, 2021) 65% dos psicólogos utilizam as redes sociais para trocas profissionais e compartilhamento de conhecimento. Isso mostra que estar online deixou de ser opcional. Mas… quais os riscos e desafios dessa presença digital? Nem tudo são flores. O uso inadequado das redes sociais pode trazer consequências sérias para a imagem da psicologia e para a saúde mental das pessoas. Entre os principais riscos, estão: Participar de tendências que banalizam o sofrimento. Marketing sensacionalista que promete “cura” ou “resultados mágicos”. Misturar conteúdos de fé com psicologia sem critério técnico, gerando confusão. O Conselho Federal de Psicologia alerta que toda manifestação pública de psicólogas(os) deve seguir os princípios éticos da profissão — inclusive no Instagram, TikTok e YouTube. É possível conciliar ética e presença digital? Sim, é totalmente possível e necessário marcar presença digital com ética. Algumas boas práticas: Estude e planeje: conheça as diretrizes do Código de Ética e planeje o conteúdo com estratégia. Transparência sempre: divulgue seu nome completo e CRP ao falar como profissional. Fique sempre atenta às novas resoluções do CFP. E os estudantes, podem produzir conteúdo? Podem e devem! Desde que: Não se apresentem como profissionais formadas. Falem como estudantes, citando autores, disciplinas e experiências acadêmicas. Deixe claro que você está no momento de aprendizado. Produzir conteúdo na graduação ajuda a construir identidade profissional, se familiarizar com o digital e se posicionar de forma autêntica e ética. Ser ético é estratégico A atuação ética no digital é inegociável.Quando ética e estratégia caminham juntas, a Psicologia ganha força, visibilidade e respeito. A Geração PsicoÉtica é um exemplo vivo disso. Estudantes e profissionais que se comunicam com responsabilidade estão construindo uma nova imagem para a profissão mais conectada, acessível e fiel aos seus princípios. MIGUEL, R.B.P.; ARNDT,G.J.; PIRES,J.G Psicólogos e o Uso das Mídias: Um Relato de Pesquisa. Psicologia: Ciência e Profissão, v.41,2021. Disponível em:https://www.scielo.br/j/pcp/a/rL6PvjJcqyhgWn3hgMtPZZx/?lang=pt. Acesso em Julho 2025.