Psicologia e Redes Sociais: como atuar?

Não basta postar, é preciso saber como se posicionar com base na ética da profissão.
A presença nas redes sociais tornou-se essencial para profissionais de diversas áreas, inclusive a Psicologia. Essas plataformas oferecem oportunidades de compartilhar conhecimento, ganhar visibilidade e se conectar com o público. No entanto, é crucial que psicólogas e estudantes saibam utilizá-las com ética, responsabilidade e intencionalidade.

  • Por que estar nas redes sociais é importante para quem atua com Psicologia?
    As redes revolucionaram a forma como nos comunicamos. Para a Psicologia, elas oferecem caminhos para:
    Educação e conscientização: Combater tabus e promover a saúde mental.
  • Conexão com o público: Aproximar pessoas interessadas em temas psicológicos.
  • Valorização profissional: Fortalecer a autoridade e a imagem do profissional.

Segundo o artigo Psicólogos e o Uso das Mídias: Um Relato de Pesquisa (Miguel; Arndt; Pires, 2021) 65% dos psicólogos utilizam as redes sociais para trocas profissionais e compartilhamento de conhecimento. Isso mostra que estar online deixou de ser opcional.

Mas… quais os riscos e desafios dessa presença digital?
Nem tudo são flores. O uso inadequado das redes sociais pode trazer consequências sérias para a imagem da psicologia e para a saúde mental das pessoas. Entre os principais riscos, estão:

  • Participar de tendências que banalizam o sofrimento.
  • Marketing sensacionalista que promete “cura” ou “resultados mágicos”.
  • Misturar conteúdos de fé com psicologia sem critério técnico, gerando confusão.

O Conselho Federal de Psicologia alerta que toda manifestação pública de psicólogas(os) deve seguir os princípios éticos da profissão — inclusive no Instagram, TikTok e YouTube.

É possível conciliar ética e presença digital?
Sim, é totalmente possível e necessário marcar presença digital com ética. Algumas boas práticas:

  • Estude e planeje: conheça as diretrizes do Código de Ética e planeje o conteúdo com estratégia.
  • Transparência sempre: divulgue seu nome completo e CRP ao falar como profissional.
  • Fique sempre atenta às novas resoluções do CFP.

E os estudantes, podem produzir conteúdo?
Podem e devem! Desde que:

  • Não se apresentem como profissionais formadas.
  • Falem como estudantes, citando autores, disciplinas e experiências acadêmicas.
  • Deixe claro que você está no momento de aprendizado.
  • Produzir conteúdo na graduação ajuda a construir identidade profissional, se familiarizar com o digital e se posicionar de forma autêntica e ética.

Ser ético é estratégico
A atuação ética no digital é inegociável.Quando ética e estratégia caminham juntas, a Psicologia ganha força, visibilidade e respeito.
A Geração PsicoÉtica é um exemplo vivo disso. Estudantes e profissionais que se comunicam com responsabilidade estão construindo uma nova imagem para a profissão mais conectada, acessível e fiel aos seus princípios.

MIGUEL, R.B.P.; ARNDT,G.J.; PIRES,J.G Psicólogos e o Uso das Mídias: Um Relato de Pesquisa. Psicologia: Ciência e Profissão, v.41,2021. Disponível em:https://www.scielo.br/j/pcp/a/rL6PvjJcqyhgWn3hgMtPZZx/?lang=pt. Acesso em Julho 2025.

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